Itaú é condenado por obrigar gerente a fazer dancinha e levanta polêmica sobre exposição de funcionários

O Itaú foi condenado pela Justiça a pagar R$ 10 mil a um ex-gerente que alegou ter sido forçado a participar de um vídeo de “dancinha” para redes sociais corporativas.

Esse caso aconteceu numa agência de Higienópolis (SP) e o banco informou que ainda avalia a decisão, mas reacendeu um debate: até onde as marcas podem ir na tentativa de “humanizar” a comunicação?

As marcas produzindo cada vez mais conteúdo como se fossem influenciadores e colocando seus bastidores e colaboradores em destaque, mas isso pode causar constrangimento para muitos.

Essa tendência é legítima, mas só funciona se tiver consentimento. O uso da imagem dos colaboradores deve ser um convite — não uma obrigação constrangedora.

Forçar um funcionário a aparecer em vídeos “para engajar” é ineficaz, é desrespeitoso, antiético e, como vimos, pode sair caro.

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Como usar a criatividade da equipe como parte da comunicação?

1. Convide, não obrigue

Antes de gravar, pergunte quem se sente à vontade para aparecer. A ação deve ser voluntária — nunca imposta.

2. Dê espaço para ideias

Funcionários podem ter ótimas sugestões de conteúdos que representem melhor a realidade da equipe. Em vez de seguir só trends, abra espaço para criações genuínas.

3. Reconheça quem participa

Participar de vídeos, fotos ou bastidores pode ser valorizado com folgas, bônus simbólicos, agradecimentos públicos ou ações internas. Reforça pertencimento sem obrigação.

4. Tenha diretrizes claras

Mesmo nos conteúdos mais informais, é importante ter política clara sobre filmagens, consentimento e edição. Isso mostra profissionalismo e evita ruídos.

5. Não use conteúdo como maquiagem

Se o clima da empresa é leve, o conteúdo vai refletir isso naturalmente. Mas se a cultura está engessada ou tóxica, tentar parecer “descontraída” nas redes soa forçado e incoerente.

6. Inclua cláusulas de uso de imagem

Se sua empresa costuma registrar vídeos, fotos ou ações internas com colaboradores, é essencial incluir uma cláusula específica e com clareza autorizando o uso de imagem nos contratos.