Bonecos, Ghibli e IA: As trends do ChatGPT passam voando, mas as marcas podem tirar proveito disso


Nas últimas semanas, a internet foi inundada por ilustrações no estilo Studio Ghibli, bonecos 3D encapsulados e imagens geradas por IA com visual cinematográfico. O que começou como brincadeira virou boom — e agora já dá sinais de saturação.

Mas enquanto muita gente só “surfou a onda”, postou, viralizou e já está esperando a próxima trend bater à porta, outras marcas estão fazendo diferente: estão usando o hype como laboratório estratégico.

O que está por trás dessa febre?

A tendência é clara: estamos na era da hiperacessibilidade criativa com IA. O que antes era privilégio de agências ou artistas visuais agora pode ser feito por qualquer pessoa com uma ideia e uma conta no ChatGPT.

Isso abre portas não só para entrar em trends — mas para criar seus próprios formatos com base no que funcionou. A inteligência não está em copiar o que está bombando, mas em entender o que cativou o público — e transformar isso em conteúdo com identidade e propósito.

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Veja como aplicar isso agora com intencionalidade:

Quem só vive de trend fica refém da próxima. Chega, participa, passa — e todo mundo esquece.

Mas quem olha para a tendência como insight de linguagem, estética ou formato consegue construir algo próprio. E isso sim se transforma em reconhecimento, diferenciação e presença de marca.

1. Transforme a trend do boneco em personagem fixo da sua marca

Em vez de fazer só uma imagem “encapsulada”, crie um personagem com estilo visual próprio. Ele pode aparecer nos seus posts explicando algo, ilustrando ideias, ambientando produtos. Personagens criam vínculo e atenção recorrente.
 

2. Use a linguagem dos quadrinhos para criar carrosséis que contam histórias

A trend dos quadrinhos é ótima para storytelling visual. Transforme bastidores, dores do cliente, bastões de valor ou transformação em pequenos episódios ilustrados e direcione a última página para seu produto, serviço ou link.
 

3. Crie sua própria estética — mesmo que comece com papel e lápis

A trend do Ghibli gerou polêmica por copiar estilo. Saia pela tangente: desenhe você mesmo seu universo, mesmo que simples, e peça para o ChatGPT refinar profissionalmente. O importante é que seja seu. Isso gera identidade, não só engajamento momentâneo.
 

4. Planeje conteúdos fixos inspirados nas trends que funcionaram para você

Se um vídeo, post ou personagem viralizou, transforme isso em série. Exemplo: um quadro semanal com seu boneco em diferentes contextos; um carrossel fixo estilo HQ; vídeos curtos com o mesmo formato narrativo. A repetição com variação gera familiaridade e autoridade.

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E como transformar isso em linha editorial semanal?

Simples: crie 4 listas que vão te dar autonomia criativa por semanas (ou meses):

  1. Lista de HQs possíveis: histórias, metáforas, cenas do cotidiano
  2. Lista de conteúdos com personagem fixo: cenários, situações, falas
  3. Lista de vídeos estratégicos para TikTok e Reels: roteiros curtos com propósito
  4. Lista de testes com novas trends: conteúdos orgânicos, adaptáveis e atuais

A partir dessas listas, você pode manter quatro formatos de conteúdo fixos por semana — e variar criativamente dentro deles.

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Mas atenção: não precisa começar com tudo de uma vez.

Postar 4 vezes por semana pode parecer o ideal, mas pode se tornar um fardo se for cedo demais.
Comece com um post por semana. Depois, dois. Depois três.

O que vale é construir um hábito com propósito — não um calendário que te esgota.

Em resumo:

A febre do Ghibli, dos bonecos ou dos quadrinhos vai passar — como toda trend. Mas o que fica é a capacidade de olhar para elas com estratégia, extrair os elementos que mais encantaram o público, e transformar isso em conteúdo autoral, visual e recorrente.

O hype é passageiro. Mas uma marca que sabe criar a partir dele — essa fica.